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Meditação - Um olhar científico
- Mauro Vinicius de Souza
- 5 de out. de 2016
- 3 min de leitura

A meditação tem se tornando popular e cada vez mais a ciência vem confirmando os benefícios já conhecidos da meditação e este artigo talvez incentive as pessoas a adotarem cada vez mais essa prática.
Estudos sobre a meditação tem demonstrado que sua prática regular diminui o estresse, aumenta a felicidade, a qualidade de vida, a massa cinzenta do cérebro e torna as pessoas mais compassivas além de reduzir a pressão arterial e aumentar a memória, uma boa gama de benefícios se considerarmos uma prática tão passiva.
Por outro lado, a meditação pode ser desanimadora às vezes, não é fácil acalmar sua mente parar os pensamentos e entrar em um espaço que é tranquilo, uma vez que muitos de nós, especialmente na cultura ocidental, nunca fomos ensinados a explorar essa prática. Isso torna ainda mais difícil obter um espaço para a meditação tranquila.
Mas o que acontece quando você medita ?
Um grupo de neurocientistas de Harvard se reuniu para estudar os benefícios que a meditação traz para o cérebro e como isso afeta nossa atenção. Um grupo de 16 indivíduos foi inscrito em um programa de Consciência Plena ou Mindfulness (técnica de meditação baseada na aceitação da nossa experiência e não na reação a experiência em si) de 8 semanas para ver se a meditação durante um curto período de tempo pode criar mudanças no estilo de vida e no funcionamento do cérebro.
Foram fornecidas técnicas para 45 minutos de exercícios de Consciência Plena e os indivíduos foram incentivados a praticar as atividades diárias seguindo ao máximo essas técnicas. Em média os indivíduos realizaram cerca de 27 minutos das técnicas de Consciência Plena ao dia, durante as 8 semanas.
Britta Hölzel, o autor do estudo, diz: “É fascinante ver a plasticidade do cérebro e que praticando a meditação podemos desempenhar um papel ativo na mudança de seu funcionamento aumentando o nosso bem-estar e qualidade de vida”.
A principal mudança que ocorre em nossos cérebros quando meditamos é que paramos de processar tanta informação. Usando ressonância magnética os estudos mostraram que as ondas beta (que indicam um processamento de informação) são diminuídas e vemos uma diminuição da informação processada.
As seguintes áreas do cérebro foram afetadas pela meditação de maneiras diferentes:
Lóbulo frontal
Esta é a parte mais evoluída do cérebro, responsável pelo raciocínio, planejamento, emoções e autoconsciência. Durante a meditação o córtex frontal tende a ficar desativado.
Lóbulo Parietal
Esta parte do cérebro processa informações sensoriais sobre o mundo circundante, orientando-o no tempo e no espaço, durante a meditação a atividade no lóbulo parietal desacelera.
Tálamo
O guardião dos sentidos! Este órgão concentra a sua atenção e é responsável por armazenar alguns dados sensoriais mais profundamente no cérebro e parar outros sinais em seu caminho, a meditação reduz o fluxo desta informação.
Formação Reticular
Como um sentinela do cérebro essa estrutura recebe os estímulos de entrada e coloca o cérebro em alerta pronto para responder, marcações na meditação retornam o sinal de excitação.
“Este estudo demonstra que as mudanças na estrutura do cérebro podem ser a base para algumas dessas melhorias relatadas e que as pessoas não estão apenas sentindo-se melhor porque eles estão gastando tempo relaxando”

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