A perda de peso com o jejum intermitente
- Mauro Vinicius de Souza
- 28 de out. de 2016
- 3 min de leitura
O jejum intermitente consiste em limitar a ingestão de alimentos a um período de tempo. Existe nesse sistema, um período de alimentação chamado de janela alimentar. Este método não é novo e há até um estudo de 1973 em que um homem ficou 382 dias sem comer e emagreceu 122 quilos!

O conceito de jejum não é novo, e está inserido nos mais diversos períodos da história da civilização humana, mas este hábito vem ganhando popularidade nos últimos tempos como método para perda de peso.
Embora o jejum possa de fato resultar em perda de peso, esse não é o único benefício que ele proporciona. Outras vantagens incluem efeitos antienvelhecimento e de acordo com um estudo publicado na revista Cell Metabolism, pode reduzir o risco de doenças como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares.
O jejum intermitente envolve cortar nas calorias por um curto períod de tempo - por vezes, 12 a 16 horas, por alguns dias da semana. A idéia é que a restrição de calorias vai ajudar a regular a insulina em seu corpo, que por sua vez ajuda na perda de peso.
Explicando melhor, uma vez que o corpo é incapaz de obter a sua energia a partir de alimentos durante o jejum, ele retira a glicose que é armazenada no fígado e nos músculos. Este processo se inicia cerca de 8 horas após a última refeição.
Quando a glicose armazenada é utilizada, o corpo começa a queimar gordura como fonte de energia e daí vem a perda de peso, além disso, segundo alguns médicos, o uso de gordura como fonte de energia pode ajudar a preservar a musculatura e reduzir os níveis de colesterol.
Um processo de desintoxicação também ocorre, já que as toxinas armazenadas na gordura do corpo são dissolvida e removidas. Além disso, após alguns dias de jejum, é possível notar níveis mais elevados de endorfinas - hormônios que proporcionam uma sensação de bem-estar - no sangue, o que pode ter um impacto positivo no bem-estar mental.
Estudos sugerem que o jejum prolongado, também pode ser eficaz para a regeneração de células do sistema imunológico.
Quando você está com muita fome, o seu corpo tenta economizar energia e um dos mecanismos utilizados nesse processo é a reciclagem de grande parte das células do sistema imunológico que não são necessárias, especialmente aquelas que podem estar danificadas.
Um estudo feito em camundongos, publicado na revista Stem Cell, mostrou que ciclos repetidos de 2-4 dias sem comida durante um período de 6 meses destruiu as células velhas e danificadas do sistema imunológico e geraram novas células.
Além disso, a equipe de pesquisadores descobriu que pacientes com câncer que jejuaram durante 3 dias antes da quimioterapia foram protegidas contra danos ao sistema imunológico causada pelo tratamento, o que eles atribuem à regeneração de células imunes.
Apesar das vantagens que o jejum proporciona, você deve, antes de tudo, conversar com seu médico para ter certeza que fazer uma mudança como esta na sua dieta não irá te causar nenhum tipo de problema. Lembre que cada organismo tem sua particularidade, por tanto, aquilo que funciona para um pode ser perigoso para outro.
Certos grupos de pessoas, por exemplo, não devem jejuar de forma alguma incluindo crianças com menos de 18 anos, grávidas, mulheres que estejam amamentando, qualquer pessoa que esteja abaixo do seu peso ideal, desnutridos ou aqueles que sofrem de algum tipo de transtorno alimentar. Os pacientes que tomam medicamentos devem consultar seus médicos antes de praticar o jejum intermitente.
O ideal é que o processo evolua gradualmente e que seja de no máximo de 16 a 18 horas de jejum, duas a três vezes por semana. Durante esse tempo é importante manter-se hidratado ingerindo muito liquido e tente não adoçar suas bebidas ou a adicionar sabores artificiais.
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