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Transtorno Obsessivo Compulsivo

  • Foto do escritor: Mauro Vinicius de Souza
    Mauro Vinicius de Souza
  • 21 de nov. de 2016
  • 3 min de leitura

O transtorno obsessivo compulsivo (TOC) caracteriza-se por dois tipos de manifestações: as obsessões ou idéias obsessivas e as compulsões ou rituais compulsivos. As obsessões são idéias ou imagens que vem à mente da pessoa independente de sua vontade repetidamente. Embora a pessoa saiba que são idéias suas, sem sentido, não consegue evitar de pensá-las. São freqüentes idéias relacionadas a religião, sexo, duvidas, contaminação, agressão (por exemplo, a pessoa tem idéias repetidas de que suas mãos estão contaminadas por ter tocado em objetos "sujos"). As compulsões são atos ou rituais que o indivíduo se vê obrigado a executar para aliviar ou evitar as obsessões. Se a pessoa não executa o ato compulsivo ela fica muito ansiosa.

Os rituais são repetidos numerosas vezes, apesar da sensação que a pessoa tem de que não fazem sentido. Compulsões freqüentes são lavar as mãos, verificar se a porta está trancada ou a válvula do gás está fechada, questionar uma informação repetidamente para ver se está correta, executar minuciosamente uma série pré-programada de atos para evitar que aconteça algum mal a alguém, contar ou falar silenciosamente. Tanto as obsessões como as compulsões ocupam uma boa parte do tempo da pessoa, prejudicando ou dificultando seu dia a dia.


Como a própria pessoa reconhece que seus pensamentos ou atos são sem sentido, ela procura disfarçar tais manifestações, evitando conversar sobre esse assunto e relutando em procurar auxilio médico psiquiátrico.


O transtorno obsessivo compulsivo inicia em geral no fim da adolescência, por volta dos 20 anos de idade e atinge cerca de 2 em cada 100 pessoas. A doença pode se manifestar em crianças também. Em geral a doença evolui com períodos de melhora e piora; com o tratamento adequado há um controle satisfatório dos sintomas, embora seja pouco freqüente a cura completa da doença.

Muitos portadores de TOC apresentam também outros transtornos como fobia social, depressão, transtorno de pânico e alcoolismo.


Alguns transtornos mentais como a tricotilomania (arrancar pelos ou cabelos), o distúrbio dimórfico do corpo (idéia fixa de que há um pequeno defeito no corpo, em geral na face) e a síndrome de Tourette (síndrome dos tics) parecem estar relacionados ao TOC.


Pesquisas recentes mostram que o TOC é uma doença do cérebro na qual algumas áreas cerebrais apresentam um funcionamento excessivo. Sabe-se também que o neurotransmissor serotonina está envolvido na formação dos sintomas obsessivo-compulsivos. Acredita-se também que as pessoas que tem uma predisposição para a doença, reagem excessivamente ao estresse. Tal reação consiste nos pensamentos obsessivos, que por sua vez geram mais estresse, criando assim um circulo vicioso.


O tratamento do transtorno obsessivo compulsivo envolve a combinação de medicamentos e psicoterapia. Os medicamentos utilizados são os antidepressivos, em geral em doses elevadas e por tempo bastante prolongado. A psicoterapia mais estudada é a terapia comportamental, através da qual o paciente é estimulado a controlar seus pensamentos obsessivos e rituais compulsivos. Outras formas de psicoterapia auxiliam o paciente a lidar com as situações de ansiedade que agravam a doença.


Existe tratamento sem psicotrópicos?


O tratamento correto SEMPRE deve ser orientado por um médico, nunca pratique a automedicação ou leve a opinião e experiências de amigos e parentes como tratamento, lembre que cada organismo é único. Somente um médico poderá te indicar a abordagem correta para esse ou aquele problema, seja ele de ordem física e/ou psíquica.


Dito isso, algumas atitudes podem ajudar a controlar o TOC, entre elas enumeramos:


1) RENOMEAR as obsessões e compulsões lembrando a si mesmo(a) que elas são sintomas de uma doença. Algo perturba sua paz interior, isto gera muita ansiedade e a defesa para lidar com esta ansiedade que sua mente “escolheu” é o TOC. Por quê? Não sei. Mas é um sinal, é a “luz vermelha” acesa indicando que algo precisa ser consertado na vida emocional.


2) REATRIBUIR os pensamentos obsessivos e compulsões à circuitos cerebrais doentios. Lembre e diga a si mesmo(a): “Este pensamento obsessivo reflete um mal funcionamento do meu cérebro, não uma real necessidade de eu TER que fazer o que eles dizem (arrumar tudo numa ordem superperfeita, só ir fazer algo depois de colocar tudo em ordem, lavar as mãos exageradamente, etc.).


3) REFOCAR no sentido de voltar a atenção para longe dos pensamentos obsessivos e das compulsões, na direção de um comportamento construtivo. Ao invés de focalizar sua atenção no que tem feito devido ao TOC, faça um esforço, usando a decisão racional, de praticar algo bom, funcional, útil.


4) REVALORIZAR as obsessões e compulsões, pensando que elas não tem nenhum valor intrínseco e nenhum poder inerente. O valor delas é que servem como defesa da sua dor até que você possa lidar com a dor de maneira melhor e, assim, não ter estes sintomas. Também eles não possuem poder neles mesmos porque são resultados de circuitos cerebrais construídos de maneira equivocada. É como ligar um fio no lugar errado e ele fica produzindo faíscas o tempo todo, e se ligar no lugar certo, ou seja, se mudar o circuito, as faíscas param.



 
 
 

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